terça-feira, 3 de abril de 2012

Programação Museu Kanindé "Guardiões da Memória"


 Museu indígena kanindé de Aratuba “MK”
Escola diferenciada de ensino fundamental e médio Manoel Francisco dos santos.
Associação indígena kanindé de Aratuba “AIKA”

Programação  Março de 2012 Museu Kanindé



·         Contação de história
“mandioca, farinhada, farinha, costumes e tradições dos kanindé do Ceará antigamente”.
Guardiões da memória: Senhor Bernardo, Cícero Pereira e José Constantino.
Data: dia 23 de fevereiro




Momento em que todos os alunos da escola Kanindé participaram. Na qual está programação com os guardiões da memória e contação de história será permanente.


       Inicio as 13h30min com a presença das lideranças Cicero Pereira e Senhor Bernardo José Constantino, alunos e professores da escola, inicia se com o professor Paulo que fez a doação de um cagado para o museu, instrumento de trabalho utilizada por seu pai para fazer telha que deve ter mais de quatro décadas e ele quer que essa peça fique na historia. Apresentação de um vídeo sobre o grupo de núcleo educativo do museu kaninde que participaram da organização do museu junto com o professor Alexandre.

      A aluna Antônia da silva santo explicou um pouco como se deu o processo de limpeza das peças e como foram feitos os preenchimento das fichas e a marcação das peças, segundo ela foi muito trabalhoso mais foi muito importante para todos os que participaram do curso.

        Apresentação do blog do museu kaninde pelo professor Suzenalson organizador das rodas de conversas e da organização dos trabalhos do núcleo educativo do museu kaninde, explica o não comparecimento do cacique Sotero responsável pela criação e conservação do museu kaninde cacique da aldeia. Suzenalson explica sobre o machadinho de pedra doado pela senhora Maria Amelha encontrado na serra do Pindar que estar sobre a responsabilidade do cacique Sotero que só ira expor e colocar no museu quando ele for inaugurado,  pois é uma peça muito importante.

   Senhor Bernardo fala que não tinha escola a uns 50 anos atrás, segundo ele só tinha escola a noite em Aratuba, era um colégio onde as irmã ensinavam e só tinha aula a noite passavam o dia trabalhando e a noite  dormiam na aula.
          Depois chegaram os padres em  Aratuba e fizeram uma reunião nos Fernandes e despertaram o interesse pela escola na reunião perguntaram o que a comunidade queria e pediu para que a comunidade  fosse falar com o prefeito para fazer a escola, foram 3 pessoas a comunidade garantiu fazer 16 milheiros de tijolo e fazer os alicerces, que foi garantido fizeram o tijolo perto do chico barroso as pedras foram carregadas de  perto do Zé Vicente ( já falecido) e todos participaram até as crianças.

              A telha foi comprada e só veio até na Canabrava foi feito um Judá para incentivar a comunidade a carrega r a telha, a construção demorou mais de ano, a os professoras eram de Aratuba esse  foi o inicio da educação na comunidade  Fernandes segundo senhor Bernardo hoje esse grupo e bastante desvalorizado e ele espera que o museu não fique esquecido  na historia.


          Cicero continua e fala que a educação é passada dia a dia e comenta a fala do Luiz caboclo pajé Tremembé que era representante dos índios do ceara em Brasília em um encontro  que no meio de muitos doutores e ele com sua inteligência  deu bom dia e falou estou no meio dos doutores, e  mostrou que  que ele era um doutor formado sem formatura e segundo Cicero os alunos  da escola também são doutores pois tem seus conhecimentos .
          Segundo Cicero as historias que conta hoje foram repassadas para eles por seus pais e avos segundo ele os mais velhos diziam que os jovens rezassem a oração “santa Maria de prata pai de nosso no latão se tu tem mulher na serra o que vai ver no sertão, vai comer calango assado e lagartixa com feijão”.

        Depois contou uma historia muito antiga que falava de três homens valentes e uma velha, mangangá vermelho, cravo santo e o umbigo.  Foi uma historia muito interessante. Em seguida Zé Maciel fala um pouco sobre sua historia  que foi muito sofrida logo após contou uma historia de uma família que tinha três filhos e uma velha ruim que matava as pessoas.
 Após Cicero contou a historia do menino que não tinha roupa e pela primeira vez consegui vestir uma roupa imaginem o que aconteceu.

      Zé Maciel contou uma historia de um homem que fez  o negócio com um homem e a mulher foi quem resolveu. Segundo Cicero ninguém pode com menino e contou como o menino enganou um cego.
      Cicero explica a importância dos objetos que existem no museu e explica a importância do cagado doado pelo professor Paulo e a importância desse objeto para a comunidade e para o museu kaninde segundo senhor Bernardo eram necessárias de 10 a 15 cargas de lenha e passava- se uma noite ou mais  para se queimar um milheiro de telha. Após fizeram explanações sobre algumas peças do museu kaninde.
   Cicero para finalizar suas historias contou a historia de Jesus e Pedro.

           Elenilson Gomes diretor da escola explica a importância desse momento para os alunos da escola e a comunidade. Suzenalson agradece a participação dos alunos e das lideranças e explica a importâncias das historias contadas pelas lideranças mostrando que o futuro da escola são os alunos e devem se prepara para assumirem a comunidade.

Segundo Suzenalson o povo kaninde e esquecido dentro da historia do município de Aratuba , o museu não é um ponto turístico, temos uma historia que deve ser mostrada . Para finalizar Jose Constantino recita o verso que fez em homenagem ao índio Galdino que foi assassinado queimado. E assim chegamos ao fim da primeira roda de conversas.


Mais informações sobre Museu Kanindé

 Texto: Francisco Reginaldo da Silva ( Professor Indígena Kanindé) 


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