quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


Trabalhamos com amor,

fortes, firmes e de pé

essa e agricultura de

subsistência do nosso

povo kanindé.


Só, se, falta se perder

no meio da plantação,

plantamos, milho,fava

e feijão pra nossa

alimentação.


As crianças animadas na

colheita do feijão, comendo

milho e pamonha na

maior animação

encostados no fogão.


A velha panela de barro

já no fogo a ferver, o milho

em cima da brasa que dar

gosto de se ver menino lambendo

o beiço so esperando comer.


o pai sai com a enxada cachorro

latindo a traz, vai procurando as

caças de um jeito bem voraz

se brigar com o cachorro ele

volta para traz.


O jumento e levado para auxiliar

no transporte seja do agricultor ou de

uma carga de porte seja lenha ou

legumes ele e quem faz o

transporte.


Reginaldo Professor da escola Kanindé

Agricultura de subsistência




Agricultura de subsistência





A agricultura de subsistência é aquela em que, basicamente, a plantação é feita geralmente em pequenas propriedades e a finalidade principal é a sobrevivência do agricultor e de sua família, não para a venda dos produtos excedentes, em contraposição à agricultura comercial.

Desde a chegado dos índios kanindé de Aratuba na comunidade Fernandes em 1915 que a comunidade tem como fonte de renda a agricultura de subsistência onde basicamente toda a comunidade retira da terra seu próprio alimento durante um período a comunidade passou a trabalhar com a plantação de verduras como cenoura que prejudicou muito o solo e deixou algumas áreas muito degradadas essa forma de trabalho foi implantada por pessoas que não se preocupavam com o solo e por muito tempo praticaram essa atividade na comunidade ate que o solo ficou fraco. Durante alguns anos as verduras foram uma boa fonte de renda mais depois a produção diminuiu dando apenas prejuízo pois o solo não tinha mais condições para a produção.

Hoje a comunidade sobrevive apenas das agricultura de subsistência que e praticada em uma área de aproximadamente 150 hectares onde as pessoas plantam no sistema de capoeira: brocam,queimam e fazem plantações durante dois ou três anos após esse período deixam a área em repouso. No ano de 1996 aconteceu um conflito com os agricultores da fazenda alegre por causa de uma área de 300 hectares de terra onde era utilizado por nosso povo para a agricultura essa área e chamada de “GIA” onde plantávamos em sistemas de coletivos, o local já era utilizado pelos mais velhos da comunidade foi um grande conflito chegando a haver ate ameaças de morte pois os agricultores do alegre começaram a abrir piques (locais para passar cercas) sem nenhuma comunicação estavam cercando nosso território daí a comunidade se mobilizou e foi defender seu território inclusive armados com o apoio de outros povos indígenas como os Tremenbes de almofala com muita força e luta conseguimos não deixamos eles tomarem o que já era nosso. Hoje essa área tem uma parte destinada a reserva e outra para a agricultura, se não fosse esta grande conquista não teríamos onde plantar e nem como sobreviver fisicamente nem culturalmente

A agricultura e praticada por todas as famílias da comunidade e os pais repassam para os filhos desde pequenos, dessa forma repassam a cultura do povo e ensinam as técnicas de cultivo. A agricultura praticada por nosso povo e uma agricultura baseada apenas no trabalho braçal,utilizam ferramentas como enxadas,foices,etc.

No período de inverno a rotina e sempre a mesma acordam cedinho, as cinco horas ou mais cedo para prepara a merenda e fazer o café logo após saem para o roçado muitas vezes levam um jumento para seu transporte ou trazerem lenha. Os meninos maiores as vezes acompanham o pai e o ajudam no plantio sempre o pai avisa a quantidade certa de sementes a serem plantadas de acordo com o terreno ou os tipos de sementes como a fava e o milho na mesma cova que serra verificado assim que as sementes germinarem se o plantio foi feito corretamente as mães ficam fazendo o

almoço mais as vezes também acompanham o esposo, no roçado alguns mais experientes se baseiam através sol para saber a hora de ir para casa.

O plantio depende do inverno que se inicia em janeiro,fevereiro ou março, mês que e comemorado o dia de são José padroeiro da comunidade onde as pessoas tem bastante devoção, segundo os mais velhos, se chover no dia 19 de março, dia do padroeiro e sinal que o inverno serra bom e a produção sera suficiente para o próximo ano Além disso os mais velhos da comunidade se baseiam em experiências através da observação da natureza como as formigas de asa, as floração de plantas como os pódarcos roxo e amarelo,o mandacaru entre outras experiências

Os alimentos produzidos na comunidade são a fava,milho, feijão,arroz elementos básicos da alimentação do povo kanindé, outros alimentos são comprados na cidade distante 5km da comunidade.

Segundo os mais velhos da antes se plantava pouco e se colhia o suficiente para se alimentar ate o prossimo inverno pois a fatura era grande e as pessoas viviam somente da agricultura não tinha nem tempo de estudar pois era de casa para a roça alguns com muito sacrifício chegavam a 5ª serie.

Para os mais velhos a agricultura e uma forma de valorizar a cultura de nosso povo mais a maioria dos jovens não valorizam esse trabalho e muito menos os estudos segundo seu Maciel pajé da aldeia no seu tempo não se tinha facilidades como hoje e os jovens não aproveitam as oportunidades.


texto escrito e digitado por alunos